terça-feira, 3 de maio de 2016

FAZE-ME COMO A OSTRA, MEU SENHOR!

Não sei se isto é pedir demais.... FAZE-ME COMO A OSTRA, MEU SENHOR! Wesley Ernesto de Rezende. Senhor, o mar estava tão lindo naquela manhã... E sem que eu quisesse, quando eu introduzi a mão na areia, Pude ver que aquele objeto que segurei era uma ostra. Fiquei por horas e horas com ela em minha mão. Uma matéria resistente, e no seu todo uma abertura E uma substância sensível. Imaginei o quanto este pequeno ser é valioso. Senti vontade de duvidar que no seu interior existisse uma pérola. Quando me lembrei que aquela ostra transformava coisas simples em coisas valiosas, Minha vontade, Senhor, não foi outra, se não ser igual a ela. Apesar de ter uma parte rígida em mim, Tenho, da mesma maneira que a ostra, uma parte frágil. Só que, as vezes, sou diferente dela. Minha parte delicada passa a ser prepotente, Pois meu coração que deveria em todo tempo ser compassivo passa a ser rígido. E o meu ‘eu’ que deveria ser sempre solidificado em Ti, Quase sempre se desmorona diante de todas as coisas negativas, A ponto, senhor, de me fazerem dominado por elas. E como isto é tão horrível, meu Senhor! Será que podes atender o meu pedido? Queria ser igual aquela ostra pequenina habitando no imenso mar. Dá-me força para que no mar da vida eu possa transformar o negativo Em pérolas preciosas, positivas, úteis ao teu reino, abençoadas por Ti mesmo. Permite, Senhor, que a minha parte rígida funcione tal qual a da ostra: Que diante do ribombar das ondas e dos cascalhos do mar, Sempre se mostra em condição de resistir. E que o meu interior, seja como uma caixa de sugestões Disposto a receber tudo quanto quiserem colocar, E que tenha condição de sem nada reclamar, Receber tudo quanto no mundo existir, E que tal como o homem da Bíblia, examinar tudo, Retendo apenas o útil para mim e para o teu reino. Depois, em resposta tudo quanto receber, Não me preocupar com o valor do que o mundo me entregar, Mas que minha principal preocupação seja transformar tudo, Principalmente o meu ‘eu’ negativo E toda a imensidão de coisas fúteis que existem em mim, Em pérolas preciosas aos teus olhos, Necessárias ao teu reino. Faze-me como a ostra, Senhor: Capaz de fazer coisas sem valor, pérolas valiosas. Capaz de dar aos homens um pouco mais de valor.

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